Internado há 29 dias, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), apresentou evolução respiratória e tem conseguido permanecer maiores períodos respirando sem auxílio de oxigenação pela traqueostomia. O chefe do Executivo municipal foi submetido ao procedimento cirúrgico – que cria uma abertura na traqueia para permitir a passagem de ar diretamente para os pulmões – no dia 10 de janeiro. Conforme boletim médico divulgado na tarde deste sábado (1° de fevereiro), Fuad é mantido sob “programa intensivo de reabilitação fisioterápica, motora e neurológica”. 

Fuad Noman está internado desde 3 de janeiro, quando deu entrada no hospital com insuficiência respiratória grave provocada por uma pneumonia. Devido à gravidade do quadro, o prefeito chegou a ser intubado em duas ocasiões, antes de a equipe médica que o acompanha decidir pela realização de traqueostomia. Ele permaneceu 26 dias na UTI, até ser liberado dos cuidados intensivos no último dia 29.

A internação de Fuad ocorreu poucos dias após ele tomar posse para assumir o segundo mandato à frente do Executivo municipal. Com isso, o vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil) passou a ocupar interinamente o posto. A hospitalização resultou no afastamento do prefeito, que já apresentou duas licenças médicas, nos dias 4 e 18 de janeiro. Esta última, com validade de 15 dias, vence neste domingo (2). Como não há previsão de alta, a expectativa é que uma terceira licença seja emitida até segunda-feira (3). 

Histórico de hospitalizações

Esta é a quarta vez que Fuad Noman é internado desde que ele foi eleito, em outubro do ano passado. Nas ocasiões anteriores, o prefeito havia sido hospitalizado para tratar quadros de neuropatia periférica, pneumonia e sinusite, diarreia e sangramento intestinal.


A equipe que o acompanha é liderada pelo médico Enaldo Melo de Lima, o mesmo que atendeu o prefeito durante o tratamento dele contra um linfoma não Hodgkin – tipo de câncer que afeta o sistema linfático. O chefe do Executivo passou pelas sessões de quimioterapia durante a campanha eleitoral de 2024. A remissão da doença foi anunciada no fim de outubro do mesmo ano.