A fala do presidente Lula (PT) durante a entrega do Prêmio Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, desafiando que chefes municipais a utilizem as redes públicas de saúde e educação para comprovar que elas funcionam, segue repercutindo. Nesta quarta-feira (12 de janeiro), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Minas Gerais (SinepeMG) criticou as declarações do chefe de Estado.
Representado pelo presidente, professor Winder Almeida, o órgão manifestou "perplexidade" diante declarações do presidente e afirmou que as falas "desconsideram o papel fundamental das escolas particulares na educação brasileira". Em nota, o SinepeMG defendeu que as instituições particulares complementam o sistema público ao atender milhões de famílias de diversas realidades socioeconômicas, especialmente em regiões onde a rede pública não é capaz de atender toda a demanda.
"Atualmente, o Brasil conta com mais de 41 mil instituições privadas de educação básica, que atendem cerca de 9,4 milhões de estudantes. Essas escolas não só garantem o acesso à educação em comunidades afastadas ou vulneráveis, mas também se destacam pelo desempenho consistente em avaliações nacionais e internacionais, como o Saeb, Ideb, Enem e PISA, refletindo a dedicação de seus profissionais e o investimento em infraestrutura e inovação pedagógica", diz o texto.
O SinepeMG destacou que "a educação deve ser tratada como um espaço de cooperação e não de divisões" e se definiu aberto "ao diálogo para buscar soluções que fortaleçam o sistema educacional brasileiro, público e privado, reconhecendo a importância e o valor de todos os segmentos na formação das futuras gerações".