O boletim médico divulgado nesta quarta-feira (26 de março) pelo Mater Dei indica que o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), apresenta quadro de choque cardiogênico após sofrer parada cardíaca na noite dessa terça-feira (25 de março). O prefeito também apresentou insuficiência renal aguda depois da parada cardiorrespiratória.

Os médicos Enaldo Melo de Lima e Anselmo Dornas Moura consideram o quadro do prefeito como “bastante grave”. Para tentar conter o choque cardiogênico, a equipe médica usou “doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas”.

O choque cardiogênico é um tipo de choque circulatório do corpo que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente. Essa deficiência gera redução do nível de oxigênio e nutrientes para o restante do corpo. 

Uma publicação feita pelos médicos norte-americanos Cyrus Vahdatpour, David Collins e Sheldon Goldberg no jornal da Associação Americana do Coração cita algumas características do paciente logo após o choque cardiogênico, como pulsos finos, extremidades frias, aumento do tempo de enchimento capilar, hipotensão arterial, confusão mental e oligúria (redução anormal da produção de urina). É comum também o quadro de paciente “frio e úmido”, frio por conta do débito cardíaco e, úmido, pela congestão pulmonar.

No estudo norte-americano, há uma grande relação dos pacientes com choque cardiogênico que sofrem com infarto do miocárdio. Além das drogas vasoativas e inotrópicas usadas em Fuad, os médicos norte-americanos também abordam o balão intra-aórtico como tratamento possível para reverter o quadro.