O deputado federal e presidente do PDT em Minas Gerais, Mário Heringer, afirmou, em entrevista ao Café Com Política, do canal de YouTube de O TEMPO, nesta quarta-feira (26 de março), que acredita que o partido está em um processo de “autoanálise”, mas que não pretende compor uma federação por ora, apesar de não descartar compor uma federação com outras agremiações no futuro.
“Nós estamos no processo de estudar o que nós somos e até onde nós podemos ir. Não interessa criar problemas que a gente não tem, que na hora que você faz uma federação, isso se vir. As federações foram feitas, estão se dissolvendo todas. Mas o PDT nesse momento, federação não é a melhor proposta”, destaca.
Ele revelou que foi procurado nesta semana por outra legenda “querendo, buscando e pedindo” que fosse um intermediador para que o partido estivesse em uma federação e que negou o pedido da sigla, que não foi revelada.
Na conversa, o deputado federal ainda falou sobre as eleições de 2026 e diz que o “centro puro e a centro-esquerda” não têm candidato que não seja o Lula no momento. “Se o Lula não for candidato, vai ter que inventar porque não tem. Até agora não apareceu um candidato que possa substituir essa posição e eu não vejo a facilidade que esse candidato apareça até porque os candidatos que são aventados, não há possibilidade da ausência do presidente Lula”, afirmou.
Em Minas, ele defende que as eleições passam, grosso modo, pelo mesmo processo. “O Rodrigo Pacheco é um belo candidato, eu não tenho dúvida nenhuma. É um belo pré-candidato. Mas, como eu disse, o Rodrigo Pacheco é uma esfinge. Ninguém o decifra, ninguém sabe o que ele vai fazer. Nós queremos saber o que ele vai fazer para saber se a gente interessa, se a gente vai, se a gente fica. É isso que eu vejo como possibilidade. Entretanto, enquanto ele não falar, a gente fica nessa incógnita”, afirma.
Ciro Gomes
Heringer ainda defendeu que Ciro Gomes sempre continue no PDF e ressaltou que ele afirma a todo momento que não é um candidato para a presidência da República em 2026. Contudo, ressaltou que, se ele quiser se lançar ao cargo, Ciro será o seu candidato no pleito do ano que vem. “Eu reputo o Ciro como gênio e todo gênio tem seus seus momentos de dificuldade, de arroubos. Às vezes exagera na crítica, mas é o meu candidato. Se ele for candidato, ele continua sendo meu candidato e do meu partido e não terei dificuldade nenhuma em fazer campanha”, continua.
O dirigente partidário diz ainda que, para Ciro, não importa o número de votos que teve nas últimas eleições, mas ser portador de uma mensagem ao país. “Uma mensagem de progresso, uma mensagem de esperança, uma mensagem de seriedade. E isso a gente não pode abrir mão, porque ele é realmente preparado para a função que se propõe. Então, se o Ciro será ou não candidato, eu não tenho como dizer para você, mas com certeza se o Ciro for candidato, eu advogo que o meu partido o apoie totalmente”, conclui.
A entrevista foi concedida às jornalistas Letícia Fontes e Leticya Bernadete