O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), afirmou nesta quinta-feira (3 de abril) que o secretário de Educação, Bruno Barral, investigado pela Polícia Federal (PF), não terá tratamento diferenciado na gestão municipal. Barral foi afastado do cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte da operação Overclean, que apura desvio de recursos públicos e corrupção. Segundo Damião, a prefeitura ainda não foi notificada oficialmente sobre o caso.

“Parece que é um processo envolvendo projetos na Bahia, em Salvador, não é na Secretaria de Educação de Belo Horizonte. Mas, obviamente, ninguém vai passar a mão na cabeça de secretário em Belo Horizonte, e eu não vou passar”, declarou o prefeito.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Barral e em outras localidades, onde foram encontrados maços de dólares e euros, joias e relógios de alto valor. A investigação aponta um esquema de desvio de verbas por meio de emendas parlamentares e convênios.

Sobre possíveis mudanças no secretariado, Damião negou uma reforma administrativa ampla, mas afirmou que algumas alterações serão feitas conforme a nova filosofia de trabalho da gestão. “Aqueles que vão sair da prefeitura saem de cabeça erguida, porque fizeram o trabalho deles. É apenas uma questão de filosofia de trabalho a partir de agora”, explicou.

O prefeito afirmou ainda que uma entrevista coletiva será realizada nesta sexta-feira (4 de abril) para detalhar as mudanças na administração municipal.