Em entrevista ao Café com Política do canal O TEMPO, o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), André dos Anjos, afirmou que a Ala B do Hospital Governador Israel Pinheiro será reaberta ainda em 2025. O setor, que conta com 80 leitos, foi desativado em 2013 para obras, mas os trabalhos foram interrompidos após a demolição de parte da estrutura. Desde então, o espaço permaneceu fechado, impactando a capacidade de atendimento da unidade hospitalar. A expectativa, segundo o presidente, é que a reforma seja concluída nos próximos meses, ampliando a oferta de leitos para os beneficiários do Ipsemg.
“Nós iniciamos em maio do ano passado a reforma da Ala B, essa ala estava fechada desde 2015. Então, a gente espera entregar a Ala B com mais 70 leitos novos e também ampliar a contratação, tanto de enfermeiros quanto de médicos, principalmente anestesistas, que são profissionais essenciais para o funcionamento do bloco cirúrgico do hospital”, afirmou André dos Anjos.
A obra é parte do esforço do Ipsemg para reestruturar a rede própria de atendimento, que inclui o Hospital Governador Israel Pinheiro, o Centro de Especialidades Médicas e a gerência odontológica. O presidente destacou que, com a retomada da reforma da Ala B, a capacidade assistencial do hospital será ampliada significativamente, permitindo a realização de mais internações e procedimentos cirúrgicos.
O hospital é considerado a unidade mais importante da rede própria do Ipsemg, realizando atendimentos de alta complexidade e oferecendo suporte a pacientes clínicos em CTI. No entanto, a falta de leitos tem sido um problema recorrente, especialmente após a desativação da Ala B. “O hospital atende a maior proporção de pacientes clínicos de CTI e faz cirurgias complexas que são difíceis de encontrar em outros prestadores da nossa rede. Mas, infelizmente, temos fragilidades. A reabertura da Ala B vai ser um passo importante para resolver essa limitação”, pontuou.
Além da reforma da Ala B, o Ipsemg também enfrenta desafios na contratação de profissionais, especialmente anestesistas, fator que tem impactado a realização de cirurgias no hospital. “Temos 15 salas de bloco cirúrgico, mas atualmente funcionamos com apenas 7 ou 8, porque temos dificuldades em manter um número estável de anestesistas. Precisamos revisar os valores de contrato para tentar segurar esse profissional e aumentar nossa capacidade de cirurgias”, disse o presidente.
A previsão é de que, além da reabertura da Ala B, outras melhorias sejam implementadas no hospital ao longo de 2025. Entre as iniciativas, estão a concessão do laboratório, que permitirá a retomada de exames laboratoriais para pacientes eletivos, e a reforma da área de endoscopia, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura. Segundo André dos Anjos, a equipe do Ipsemg está focada em executar essas mudanças de forma gradual, para garantir que os recursos sejam bem aplicados e as melhorias sejam sustentáveis no longo prazo.
“Temos muitos anos gerenciando um déficit eminente, passamos por um déficit sensível em 2024 e infelizmente se acumularam muitas iniciativas que deveriam ter sido tomadas há cinco anos. Agora estamos organizando tudo para implementar essas mudanças. Os recursos são suficientes, e a nossa equipe está focada em fazer as reformas acontecerem”, finalizou.