O governador em exercício, Mateus Simões (Novo), avaliou que está em melhor momento para concorrer ao governo de Minas Gerais do que o senador Cleitinho (Republicanos). A disputa acontece em 2026, quando presidente da República, senadores e deputados também serão eleitos, e Simões já é pré-candidato ao cargo. Ele está à frente do Estado até quarta-feira (25) por conta de uma viagem de Romeu Zema (Novo) ao Japão. A fala foi durante café da manhã com jornalistas mineiros nesta segunda-feira (23 de junho), com participação da editora de Política de O TEMPO, Cynthia Castro. 

“Eu falo com o Cleitinho com alguma frequência e respeito o Cleitinho. Acho que o meu momento é melhor do que o dele para ser candidato a governador. Especialmente por uma coisa que eu já disse para ele outras vezes: eu não tenho opção. Ele tem. Eu não tenho opção. Eu só posso ser candidato a governador, não posso ser candidato a mais nada. Poderia encerrar a minha vida política. Mas, fora isso, eu só tenho alternativa de ser candidato a governador”, lembrou Simões, que não pode pleitear outros cargos se continuar no Executivo estadual em 2026, conforme lei eleitoral. 

Segundo o vice de Zema, ele tem “muito contato” com Cleitinho desde que os dois eram vereadores em Belo Horizonte e Divinópolis, respectivamente. “Eu tenho muito contato com Cleitinho desde que ele era vereador, porque nós fomos vereadores ao mesmo tempo, e a gente já conversava e trocava impressões, ainda que a gente seja muito diferente”, destacou. 

Simões afirmou ter expectativa de que a direita possa ser unificada nas próximas eleições em Minas. "Se você pensar hoje nos meus possíveis concorrentes, eu tenho Cleitinho e Nikolas (Ferreira, deputado estadual pelo PL), que são nomes colocados, e eu tenho a sorte de ter boa relação com ambos desde antes”, afirmou. 

Apesar de aliados de Nikolas o mencionarem como um possível nome na eleição para o governo de Minas, sua candidatura a deputado federal ainda é vista como a mais provável. Um dos motivos é o potencial do parlamentar de funcionar como “puxador de votos” para o PL, por sua alta capacidade de atrair eleitores.

Durante o café da manhã nesta segunda-feira (23 de junho), Simões também falou sobre a vontade de compor uma aliança com o PSD para 2026. Segundo o vice-governador, se o senador Rodrigo Pacheco (PSD) decidir deixar a legenda, ele será o primeiro a ligar para Gilberto Kassab, presidente do partido, para falar sobre a composição.