A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), descarta concorrer ao Governo de Minas ou ao Senado Federal em 2026. Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal no YouTube de O TEMPO nesta quarta-feira (25 de junho), a chefe do Executivo municipal afirmou que assumiu um compromisso com a população juiz-forano de permanecer no cargo até 31 de dezembro de 2028.
“Foi uma palavra dada em campanha e é uma coisa que caracteriza minha ação política: eu respeito a palavra empenhada. Então, sem sombra de dúvidas, eu não estarei disputando como candidata nenhuma eleição no ano que vem, o que não quer dizer que não estarei muito ativa apoiando diversas candidaturas do meu partido, do nosso campo, que eu penso que possa fazer bem a Juiz de Fora, Minas e Brasil.”
Antes de se tornar a primeira prefeita mulher de Juiz de Fora em 2020, Margarida Salomão foi deputada federal por três mandatos. Além disso, ela também já foi reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Questionada sobre o caminho do PT em 2026 nas eleições para o Governo de Minas, Margarida lembra do posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em defender uma candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) ao Executivo estadual. Entretanto, para ela, as eleições internas do Partido dos Trabalhadores, marcadas para julho deste ano, devem decidir os próximos passos da legenda.
“Mas eu não posso perder a oportunidade de dizer que nós vamos, certamente, trabalhar numa articulação ampla que nos permita vir a ter um Governo de Minas realmente comprometido com as aspirações justíssimas da população mineira, que, neste momento, vejo muito desrespeitada”, complementa a prefeita.
‘Pensar em sucessão agora seria perda de autoridade’, diz Margarida
Em seu segundo mandato como prefeita de Juiz de Fora, Margarida também diz ainda ser cedo para pensar na sucessão de sua cadeira no Executivo municipal. De acordo com Margarida, ainda é necessário superar as eleições de 2026 antes de se planejar para 2028.
“Se eu começar a pensar em sucessão, eu perco a autoridade, eu perco capacidade política. Então, seria uma infelicidade da minha parte se eu caísse nessa tentação. Isso é um processo que será construído, a meu ver, depois da eleição do ano que vem”, diz a prefeita. “Mas, sem sombra de dúvida, eu posso dizer que eu farei tudo o que eu puder para que a nossa sucessão acompanhe a nossa agenda política e acompanhe a nossa compreensão da cidade”, complementa.