Manifestantes se reuniram na manhã deste domingo (20/7), na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, em um ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com críticas direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. O protesto foi organizado pelo grupo Direita BH e teve como foco demonstrar que eleitores de direita continuam mobilizados.
Cartazes e discursos apontaram Alexandre de Moraes como o principal alvo do movimento. O coordenador do grupo Direita BH, Cristiano Reis, destacou outras reivindicações e que o ministro não era o único alvo. “O STF tem que voltar a ser uma corte constitucional, tem que deixar de ser um puxadinho político para poder ajudar e perseguir adversários políticos”, explicou.
Reis também criticou a atuação de outros ministros. “Nós não podemos aceitar a ministra Cármen Lúcia dizer que é contra a censura e atuar contra um documentário do Brasil Paralelo sobre a facada no Bolsonaro; não podemos aceitar o ministro Luís Roberto Barroso dizer ‘nós derrotamos o bolsonarismo’. Nós não podemos aceitar um ministro zombando com o eleitor da direita dizendo ‘perdeu o Mané’”, exemplificou.
Sem presença de parlamentares
O ato não contou com a presença de lideranças políticas bolsonaristas em Minas Gerais. Segundo Cristiano Reis, os parlamentares sabiam da realização do evento, mas não foram convidados. Ainda assim, ele afirmou que a mobilização tem como objetivo cobrar posicionamentos da base aliada ao ex-presidente no Congresso Nacional.
“Vamos manter essas manifestações. Nós queremos um posicionamento dos nossos senadores, da base parlamentar do Bolsonaro, para que eles façam com que a corte do Supremo Tribunal venha a ser uma corte constitucional e não uma corte política. Vamos manter e vamos cobrar da base do Bolsonaro dos deputados dos senadores”, afirmou.
Entre os nomes de destaque no protesto estava a Coronel Cláudia Romualdo (PL), ex-candidata a vice-prefeita na chapa de Bruno Engler (PL), na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte em 2024, que voltou a defender o ex-presidente e pediu mobilização popular.
“A primeira coisa que eu gostaria era de pedir ao povo conservador de todo o país que não tenha medo de manifestar aquilo que acredita. Venha para a rua e venha se manifestar. As nossas pautas são pautas legítimas. Nós estamos pedindo tudo o que está previsto na nossa Constituição; nada fora dela. Durante todo o seu governo, o presidente Bolsonaro sempre disse que governaria dentro das quatro linhas da Constituição e o fez; agora essa tentativa da narrativa de uma tentativa de golpe, isso não vai colar”, concluiu.
Símbolos e cartazes
A manifestação foi realizada em frente ao Palácio da Liberdade, com um carro de som posicionado na Avenida Brasil e os manifestantes concentrados na alameda central da praça. Não houve divulgação oficial sobre o número de participantes.
Entre os símbolos presentes estavam um boneco inflável do ex-presidente Jair Bolsonaro, cartazes com críticas a Moraes e ao STF, ataques ao presidente Lula e até mensagens pedindo ações do ex-presidente norte-americano Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes. Bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel também foram vistas entre os manifestantes.