O deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) afirmou, em entrevista ao Café com Política, exibido nesta quinta-feira (24/7) no canal de O TEMPO no Youtube, que não aceitará qualquer tentativa do Partido Liberal de apoiar a candidatura de Mateus Simões (Novo) ao governo de Minas Gerais. 

Segundo o parlamentar, o nome de Simões é amplamente rejeitado dentro das forças de segurança. “Faremos de tudo para que o PL não apoie o Mateus Simões (Novo). Se for preciso, irei até o Bolsonaro e colocarei meu nome à disposição para ser candidato a governador”, pontuou o deputado, que, apesar das críticas sobre um eventual apoio do partido a Simões, afirmou que não deixará a legenda.

Rodrigues avalia que a aproximação entre o deputado federal Domingos Sávio (PL), atual presidente estadual do PL, e o vice-governador, Mateus Simões é uma “forçação de barra”. No último mês, Domingos Sávio acompanhou Bolsonaro durante uma visita do ex-presidente ao vice-governador Mateus Simões.

“Eu estava lá, não houve sinalização de apoio, pelo contrário. Eu falo abertamente: foi uma forçação de barra do deputado federal Domingos Sávio. [...]. Foi apenas  uma tentativa de aproximação, imaginando que o Mateus Simões possa ser o candidato vitorioso. Só que eu sou do PL, estou também no sétimo mandato e entendo que não é o Mateus Simões. Para a gente, ele é um picolé de chuchu”, criticou. 

Para o deputado, o candidato ideal ao governo de Minas é o senador Cleitinho (Republicanos), uma vez que, na sua avaliação, haveria uma orientação de Bolsonaro para que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) seja candidato a reeleição no Congresso, e não ao governo do estado.

“Quem vai ganhar as eleições para governador do estado chama-se Cleitinho [...]. Entre os dois dois (Nikolas e Cleitinho), não tem como escolher. Eu fico com Nikolas, mas parece que a grande orientação do (ex) presidente (Bolsonaro) é que o Nikolas mantenha a candidatura a deputado federal. Ele é um grande puxador de votos. As pesquisas internas indicam que ele terá até dois milhões de votos. Ele seria eleito e ainda puxaria mais sete cadeiras com ele”, afirmou.  

Sobre a vaga ao Senado, Rodrigues destacou que, apesar da disputa interna no partido, a decisão final será do ex-presidente Jair Bolsonaro. Atualmente, se colocam como possíveis pré-candidatos os deputados federais Eros Biondini (PL) e Domingos Sávio (PL), além do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL). 

Nos bastidores, são cotados ainda o nome do pastor Edésio de Oliveira, pai de Nikolas Ferreira, e do advogado Marco Antônio Costa, conhecido como Superman. “O candidato só será candidato na hora em que o (ex) presidente Jair Bolsonaro disser. E, aí sim, o restante vai se agrupar, vai se agrupar, vai se alinhar e vai apoiar aquele candidato”, disse. 

Cautelares contra Bolsonaro 

Questionado sobre as medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, que enfrenta um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Sargento Rodrigues chamou as ações de ‘vingança’ do STF. “O Supremo não pode abrir inquérito. Desde o nascimento do inquérito, tudo está completamente errado”, avaliou. Ele também mencionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que o magistrado não poderia conduzir o processo por ser, ao mesmo tempo, vítima e julgador. “É completamente desnecessário. O que a gente vê nisso é vingança”, concluiu.