O vice-governador e pré-candidato ao governo estadual, Mateus Simões (Novo), disse nesta terça-feira (12/8) que o governo mineiro desistiu de oferecer a Empresa Mineira de Comunicação (EMC), que administra a Rede Minas, ao governo federal para abater dívidas do Estado com a União. A justificativa do vice-governador, que coordena o comitê gestor do Propag, é que o próprio governo federal já teria informado oficialmente que não tem interesse em ficar com a empresa.
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Para compensar a redução do valor e alcançar os cerca de R$ 40 bilhões que Minas precisa oferecer à União para ter melhores condições de negociação e redução de juros, Simões disse que a intenção é garantir a aprovação do projeto que permite a oferta de outras empresas estatais mineiras, de forma genérica, o que permitiria que o governo incluísse no pacote a MGI, responsável pela gestão de participações societárias do governo estadual, que inclui, por exemplo, 5% de ações da Cemig.
“Com a saída da EMC, ganha importância a oferta da MGI, que pode ser oferecidas com base na lei geral de federalização das estatais, que também está lá (na Assembleia Legislativa) para votação. Por isso são três leis que passam a ter foco para nós: a lei da Copasa, a lei da Cemig e a lei das federalizações de outras estatais, em conjunto com a PEC do Referendo”, disse Simões.
Ele cobrou pressa dos deputados estaduais para tramitação do pacote com dez projetos ainda a serem analisados no Legislativo mineiro e destacou que o governo federal diz que não deve adiar o prazo de 31 de outubro para que o estado aprove todas as leis e indique à União quais os ativos que pretende entregar em troca do abatimento da dívida que Minas Gerais tem com o governo federal.