Enquanto o PSDB busca uma alternativa à fusão mal-sucedida com o Podemos para sobreviver, a deputada estadual e candidata à reeleição Maria Clara Marra mantém conversas para se filiar ao MDB. A mudança de Maria Clara passa pelo cálculo de quantas cadeiras na Assembleia Legislativa de Minas Gerais a chapa poderia alcançar. 

Em 2022, o MDB elegeu apenas dois deputados estaduais: o presidente da Assembleia, Tadeu Leite, o Tadeuzinho, e o líder do governo Romeu Zema (Novo), João Magalhães. Na janela às vésperas das eleições, Douglas Melo, Leonídio Bouças e Thiago Cota chegaram a trocar o partido por, respectivamente, PSD, PSDB e PDT com receio de não serem eleitos.

Magalhães deve ser o cabeça de chapa, mas o futuro de Tadeuzinho, namorado de Maria Clara, é uma incógnita. Apesar de reiterar a aliados que será candidato à reeleição, o presidente da Assembleia já trabalha com a hipótese de se candidatar a um cargo majoritário, ou seja, governador, vice ou senador. Como teve cerca de 97 mil votos, sua decisão impacta na chapa.

Maria Clara foi a única candidata pelo Democracia Cristã a ser eleita deputada estadual nas últimas eleições. Filha do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Patrocínio, no Alto Paranaíba, Deiró Marra, ela teve pouco mais de 42 mil votos. Logo depois de ser eleita, a deputada deixou o Democracia Cristã a caminho do PSDB.

Caso Maria Clara deixe o PSDB, o partido terá apenas um deputado estadual na Assembleia, Leonídio Bouças. Procurada pelo Aparte, a parlamentar, que está à frente do primeiro mandato, não respondeu até a publicação desta matéria. Tão logo se manifeste, o posicionamento será acrescentado. O espaço segue aberto.