Incompatibilidade

Adalclever alega questões partidárias e deixa a PBH

Ex-presidente da ALMG vai se dedicar ao MDB, mas garantiu apoio a Kalil na eleição do ano que vem

Por Léo Simonini
Publicado em 11 de outubro de 2019 | 03:00
 
 
 
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O ex-deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) por dois períodos seguidos e candidato ao governo do Estado derrotado nas eleições de 2018, Adalclever Lopes (MDB), solicitou exoneração do cargo que ocupava na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O pedido foi assinado e entregue por ele ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) na última segunda-feira.
Num documento de pouco mais de três linhas, ele alegou motivos pessoais para tomar a decisão e agradeceu pela oportunidade de ter ocupado o cargo de consultor técnico especializado na administração.

Procurado pelo Aparte, Adalclever respondeu, por meio do aplicativo WhatsApp, que a decisão foi tomada ao longo do último fim de semana, ocasião em que passou a fazer parte do diretório nacional do MDB pela chapa Renovação Democrática, em convenção realizada domingo.

“Minha saída é por motivos partidários. Nosso grupo político em Minas disputou a eleição (pelo diretório) e vencemos. O candidato foi Newton Cardoso Júnior, (eleito) presidente do diretório estadual do MDB. Eu fui eleito membro da executiva estadual como tesoureiro e membro do diretório nacional, além de delegado nacional. No último domingo, aconteceu a convenção nacional, e o deputado federal Newton Júnior foi eleito secretário geral nacional”, explicou o ex-deputado.

Por toda essa questão envolvendo o MDB, ele optou pela saída da PBH, mas garantiu apoio a Kalil no pleito de 2020. “Conversei muito com o prefeito e expliquei que não era compatível exercer as duas funções. Ele compreendeu as razões. Nós continuamos companheiros e vamos continuar juntos para a eleição de prefeito”, explicou.

À frente do cargo desde o dia 5 de fevereiro, Adalclever exerceu a função por pouco mais de sete meses. Na prática, ele tinha como atribuições estreitar e alinhar os laços entre a PBH e a Câmara Municipal e fazer a articulação com outras entidades do poder público e da sociedade civil. Sem entrar em detalhes, ele limitou-se a dizer que “a função na prefeitura era de assessoria direta ao prefeito”.

Líder de Kalil na Câmara e responsável pela apresentação do emedebista à imprensa em fevereiro, o vereador Léo Burguês (PSL) foi sucinto ao afirmar que não sabia os motivos da saída.

Sem Adalclever mais próximo, Kalil pode ter perdido um virtual candidato a vice no pleito do ano que vem. O nome do ex-consultor foi especulado em junho para compor a chapa, pois ele é considerado um político com bom relacionamento em diversos partidos. Prova disso foi o consenso em torno de seu nome para ocupar a presidência da ALMG num segundo mandato.

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