Não há mudança de planos para a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Belo Horizonte na próxima segunda-feira (9). Embora rumores tenham dado conta de um eventual cancelamento da agenda, tanto a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, quanto o presidente estadual, Cristiano Silveira, garantem a agenda de Lula, às 17h, no Expominas, quando Reginaldo, inclusive, lançará a pré-candidatura. A agenda irá contemplar uma visita a Contagem, na terça-feira (10), e em Juiz de Fora, na quarta.
A agenda de Lula será a primeira após o lançamento da chapa, neste sábado (7), para a presidência da República ao lado do vice-candidato, Geraldo Alckmin (PSB). O ato reunirá não apenas a militância petista, que virá à capital em caravanas do interior do Estado, mas também lideranças de partidos aliados ao ex-presidente, que estão participando da comissão organizadora, como, por exemplo, o PV, o PCdoB, o PSB, o Solidariedade, PSOL e Rede. O PV, o PCdoB e o PSB, inclusive, já anunciaram o apoio à pré-candidatura de Reginaldo ao Senado.
A visita de Lula a Minas acontecerá em meio às conversas por uma dobradinha entre o ex-presidente e o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). Enquanto o PT apoiaria Kalil para o governo de Minas, o ex-prefeito cederia o palanque para Lula em Minas, considerado vital para a corrida pelo Palácio do Planalto, já que é o segundo maior colégio eleitoral do país. No entanto, o diálogo está estagnado em razão do impasse entre o senador Alexandre Silveira (PSD) e o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) pela vaga de candidato ao Senado.
Apesar de aguardar consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito da possibilidade de palanque duplo, o PT quer a pré-candidatura de Reginaldo como uma contrapartida ao apoio de Lula a Kalil. Já o PSD defende a pré-candidatura de Silveira, avaliada como natural, uma vez que, além de ser senador, é presidente estadual do PSD. Inclusive, o impasse chegou a ameaçar a agenda de Lula em Belo Horizonte.
A O TEMPO nessa quinta-feira (5), Silveira afirmou que ainda não há discussão interna sobre o eventual apoio do PT. “(...) Há muita especulação, mas nada foi debatido sobre o destino do PSD no Estado. Não sabemos por onde e com quem caminharemos ainda", afirmou”, ressaltou. O senador ainda confirmou que a maioria dos deputados federais quer caminhar com o presidente Jair Bolsonaro (PL), não com Lula.