Obra

Bolsonaro vem à Minas para inaugurar sistema de abastecimento em Uberlândia

No evento, presidente falou sobre obras inacabadas do governo anterior, sobre os atos do dia 7 de Setembro e sobre os combustíveis

Por Thaís Mota
Publicado em 31 de agosto de 2021 | 15:09
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro veio a Minas Gerais nesta terça-feira (31) para participar da inauguração do Complexo Produtor de Água Deputado Luiz Humberto Carneiro – Sistema Capim Branco, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O evento reuniu centenas de pessoas e foi realizado no aniversário de 133 anos da cidade.

Bolsonaro fez o acionamento do sistema remoto de captação de água na represa de Capim Branco que, segundo a Prefeitura de Uberlândia, vai produzir 6 mil litros de água tratada por segundo e atender 3 milhões de pessoas. 

Em seguida, falou que o governo anterior investiu em obras no exterior, deixando de lado o povo brasileiro. "Obras do PT feitas no exterior todas foram concluídas e quase todas em quase nenhum têm pagado o que pegaram emprestado com o apoio do PT junto ao BNDES", disse. “E algumas ainda falam que a solução é a volta dessas pessoas ao poder”, completou.

Também atribuiu ao passado o alto custo da gasolina no Brasil atualmente. "O último presidente nosso de nove dedos entregou uma refinaria nossa ao governo boliviano. Mais do que entregou, foi combinado antes, e um dos seus ministros à época, Celso Amorim, por ocasião da expropriação dessa refinaria, ainda declarou: 'Agimos acertadamente porque o Brasil estava tendo um comportamento imperialista", disse. 

Ele criticou também o parque de refino adquirido em governos passados. "Vale lembrar que somente em três refinarias não construídas, duas no Nordeste e outra no Sudeste, bem como outras sucatas compradas também, onde não destilaram um só barril de petróleo, que foi uma no Japão e outra nos Estados Unidos, deixou para vocês, povo brasileiro, uma dívida de R$ 230 bilhões", disse.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ressaltou a importância do investimento em obras de saneamento e disse que na gestão do presidente Bolsonaro já foram retomadas mais de 2 mil obras inacabadas e 60 mil unidades habitacionais paralisadas. "O Brasil era um cemitério de obras inacabadas. Quando chegamos ao Ministério do Desenvolvimento Regional encontramos 6 mil obras paralisadas. Na área de habitação, mais de 170 mil unidades paralisadas", disse. 

Também acompanham o evento, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, e deputados mineiros alinhados ao presidente. 

Representando o governo de Minas, estiveram presentes o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Grecco, e o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Gilson Soares Lemes. O governador Romeu Zema (Novo) era esperado pelo Executivo municipal, mas tinha agenda na capital mineira. 

Homenagem

Ainda durante o evento, o presidente Jair Bolsonaro foi homenageado com a comenda Augusto César, maior honraria da cidade. A entrega da comenda foi feita pelo vereador Cristiano Caporezzo (Patriota). 

Obra

Segundo a Prefeitura de Uberlândia, a obra do sistema de captação é uma das maiores do setor no Brasil, dentre as financiadas pela Caixa Econômica Federal, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS). 

"Essa é a diferença do dinheiro do povo, dos trabalhadores, que é o dinheiro do FGTS, sendo utilizado de maneira correta. Antes do governo Bolsonaro, durante dez anos, não havia o uso correto desse dinheiro e são quase R$ 600 bilhões no FGTS", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em referência À fonte de recursos das obras do sistema de abastecimento.

Inicialmente, o sistema vai atender 1,5 milhão de pessoas, mas tem capacidade de ampliação para atender até 3 milhões. O investimento total foi de R$ 332 milhões, sendo R$ 287,9 milhões financiados pela Caixa e outros R$ 44,7 milhões do município.

O prefeito Odelmo Leão (PP) não falou sobre a obra e disse apenas que a inauguração seria do presidente. "É água para mais de 3 milhões de pessoas, que vossa Excelência vai entregar", disse.

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