BRASÍLIA — Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do Banco Central (BC), o diretor de Política Monetária da instituição, Gabriel Galípolo, é sabatinado nesta terça-feira (8) pelos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O rito prevê que ele seja aprovado pelo colegiado antes de submeter a indicação à análise do plenário.
A expectativa é que Galípolo seja questionado sobre o alinhamento ao Palácio do Planalto e a condução da taxa básica de juros no Comitê de Política Monetária (Copom) — que sofreu a primeira alta neste terceiro mandato de Lula no mês passado. Antes de assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central, Galípolo era o braço-direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O nome de Galípolo deve ser aprovado ainda nesta manhã de terça-feira, e a previsão é que ele seja apreciado no plenário na sessão marcada para o período da tarde. Se os senadores decidirem aceitá-lo, ele assumirá a presidência do Banco Central em janeiro, após o término do mandato de Roberto Campos Neto — escolhido durante o governo Bolsonaro (PL) e alvo de ataques de aliados de Lula, que pressionam o Copom por uma rápida redução da taxa Selic.
Esta não é a primeira vez que Galípolo é alvo dos questionamentos dos senadores. Indicado por Lula à diretoria do BC no ano passado, ele passou por sabatina na CAE à ocasião e a indicação conquistou a aprovação do colegiado. À época, a comissão também aprovou a indicação de Ailton de Aquino Santos, que assumiu a diretoria de Fiscalização.