BRASÍLIA - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ser homenageado com a Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados. Trump venceu as eleições norte-americanas contra Kamala Harris, atual vice-presidente no governo de Joe Biden.

O título, criado em 1983 e concedido anualmente, reconhece personalidades que prestaram serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil, com a realização de “algum trabalho que teve repercussão e recebeu a admiração do povo brasileiro”, como informa a Câmara. 

A homenagem será concedida a Trump por indicação do 2º vice-presidente da Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A honraria dispensa a necessidade de votação dos agraciados, bastando a indicação pelos líderes partidários e pelos integrantes da Mesa Diretora. 

De acordo com o regulamento, o atendimento aos requisitos e vedações da homenagem são de responsabilidade de quem faz a indicação. Apesar disso, cabe à Segunda-Secretaria, o órgão da Câmara que cuida da organização da homenagem, "decidir os casos omissos relativos ao prêmio".

Por meio de nota, Sóstenes informou que conversou por telefone com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na quarta-feira (6) para confirmar a indicação de Trump para receber a medalha. 

“A conversa reforçou o apoio e o compromisso do Parlamento brasileiro em reconhecer a relevância de Trump na construção de uma parceria estratégica e diplomática sólida entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em temas de segurança e cooperação internacional”, declarou. 

Neste ano, a lista de todos os homenageados está prevista para ser divulgada em 20 de novembro. Já a solenidade de entrega do título deve ocorrer em 4 de dezembro.  

Sóstenes, no entanto, planeja entregar a honraria na posse de Trump, em janeiro de 2025, “destacando a colaboração e os valores compartilhados entre os dois países”. Os homenageados recebem da Câmara um diploma pela honraria junto a uma medalha folheada a ouro.  

A edição de 2023 concedeu o título a 37 personalidades ou entidades. Na lista, estavam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, André Mendonça e Gilmar Mendes, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o jogador Vini Jr.