BRASÍLIA - Cotado como candidato à presidência da República em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez afagos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (7/9). Apesar da inelegibilidade do ex-presidente, Tarcísio afirmou, em ato na avenida Paulista, em São Paulo (SP), que Bolsonaro é o único candidato da direita para o ano que vem.
O governador de São Paulo insinuou que só haverá “liberdade”, “democracia representativa” e “Estado de Direito” caso Bolsonaro esteja nas urnas em 2026. “Vamos defender a liberdade, o Estado de Direito e a nossa democracia. É fundamental que, para isso, as pessoas possam ser avaliadas nas urnas. Para isso, é fundamental que nós tenhamos Jair Messias Bolsonaro na eleição do ano que vem”, disse.
Tarcísio fez o aceno a Bolsonaro um dia após o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ir ao X para ressaltar que o partido não tem “plano B” para 2026. “O nosso plano é o Bolsonaro candidato”, enfatizou Valdemar. Dias atrás, o presidente chegou a dizer que o governador de São Paulo se filiaria ao PL caso o ex-presidente lhe apoiasse para a presidência.
O ex-ministro da Infraestrutura ainda se referiu a Bolsonaro como a “maior liderança de direita”. “Nasceu uma direita que tem como slogan a liberdade. Nasceu uma direita anti-sistema. Nasceu uma direita que não aceita o arbítrio. Nasceu uma direita que quer o Estado pró-business. Nasceu uma direita que não aceita a corrupção. (...) Esse movimento nasceu com Bolsonaro e vai crescer com Bolsonaro”, apontou.
O nome de Tarcísio ganhou corpo como pré-candidato à presidência em 2026 após o indiciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação à Justiça pela Polícia Federal (PF). Desde então, o governador de São Paulo tem tentado articular a votação da anistia aos condenados pelos ataques à sede dos Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Durante o discurso na Paulista, Tarcísio cobrou do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que paute a anistia. “Qual é o recado que vocês querem dar para o Hugo Motta hoje?”, perguntou aos presentes, que, em coro, pediram anistia. “Presidente de Casa nenhuma pode conter a vontade da maioria do plenário, a vontade de mais de 350 parlamentares”, afirmou.