BRASÍLIA - Cristiane Brasil, ex-deputada federal e filha de Roberto Jefferson, divulgou em suas redes sociais uma consultoria destinada a brasileiros que desejam solicitar asilo político nos Estados Unidos. Ela afirma que o serviço é voltado para aqueles que se consideram perseguidos políticos no Brasil por suas opiniões de direita.
“Se você não foi perseguido como eu fui, mas tem medo de ser, pelas suas opiniões, por fazer parte de algum grupo, o asilo é pra você. Se você está aqui nos Estados Unidos há mais de um ano, mas o seu caso se encaixa nas exceções a esse tempo, o asilo é pra você também. Se você é de direita, assim como eu, se identifica com essas pautas, o asilo também é pra você. Eu te garanto que sim”, diz ela em um dos vídeos.
Cristiane diz que o processo de asilo pode durar entre 15 e 25 anos, mas garante que durante esse período o solicitante pode residir legalmente nos EUA com permissão de trabalho e documentos provisórios. Ao recomendar uma agência para fazer esse processo, ela ainda acrescenta que está “horrorizada” com desinformação sobre o procedimento.
“Eu estou aqui em Orlando, vim tirar umas dias de férias e estou horrorizada com o tanto de desinformação que está sendo passada para brasileiros que estão aqui nos Estados Unidos morando em situação irregular. Dizem que não tem mais jeito, que o Trump vai deportar todo mundo. Mentira! Isso é coisa de comunista pra te tirar a paz, o sossego”, afirma em outra publicação.
Filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil seguiu os passos do pai na carreira política. Foi vereadora no Rio de Janeiro, deputada federal e foi nomeada em janeiro de 2018 como Ministra do Trabalho pelo então presidente Michel Temer, porém sua posse foi suspensa pela Justiça Federal devido a questões judiciais pendentes.
Cristiane Brasil chegou a ser presa em 11 de setembro de 2020. Ela se entregou à polícia após a decretação de sua prisão preventiva, no âmbito da operação Catarata, que investigou desvios em contratos de assistência social no Rio de Janeiro entre 2013 e 2018. Os contratos em investigação custaram quase R$ 120 milhões ao poder público
Em 15 de outubro de 2020, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a soltura da ex-deputada, substituindo a prisão preventiva por medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo e proibição de contato com outros investigados.