Combustíveis

Lira pede renúncia do presidente da Petrobras: 'Trabalha contra povo brasileiro'

A manifestação do presidente da Câmara dos Deputados, feita por meio de rede social, aconteceu logo após a estatal anunciar novo aumento nos preços do diesel e da gasolina

Por Renato Alves
Publicado em 17 de junho de 2022 | 11:09
 
 
 
normal

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) pediu na manhã desta sexta-feira (17) a renúncia do presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, que foi indicado por Jair Bolsonaro em 6 de abril. Em maio, o presidente indicou Caio Paes de Andrade, que ainda não assumiu.

A manifestação de Lira, feita por meio de rede social, aconteceu logo após a estatal anunciar novo aumento nos preços do diesel e da gasolina.

O preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (5,1%). Uma alta de R$ 0,20 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (14,2%). Uma alta de R$ 0,70 por litro.

O consumidor deverá pagar mais R$ 0,15 por litro de gasolina, em média. Já o diesel ficará em torno de R$ 0,60 mais caro nas bombas dos postos de combustíveis.

“O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa - o Brasil - e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”, escreveu o parlamentar no Twitter.

Bolsonaro: "Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos"

Ainda na manhã, mas antes do anúncio da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a "Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos", em meio à expectativa de que a estatal anuncie novos reajuste no preço do combustível.

"Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", disse o presidente no Twitter.

Bolsonaro destacou que o governo federal, enquanto acionista majoritário, é contra qualquer reajuste nos combustíveis. "Não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais", defendeu.

Aumento mobiliza ala governista

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), seguiu Bolsonaro e também atacou a Petrobras, ainda em meio a relatos de que a estatal deveria aumentar os combustíveis, pesadelo do governo em ano eleitoral.

"Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil", escreveu Nogueira no Twitter, sem explicar sobre o que haveria chegado a hora.

Em linha com o discurso do presidente Jair Bolsonaro, Nogueira afirmou que a Petrobras não pode "continuar com tanta insensibilidade" e "ignorar sua função social".

"O governo, Congresso e todos com responsabilidade temos que acabar de vez com esse abuso dos lucros bilionários na hora em que a empresa não pode virar as costas para o Brasil e os brasileiros", acrescentou.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!