Uma irmã do deputado estadual João Magalhães (MDB) teve a exoneração de cargo no Governo de Minas convertida para demissão a bem do serviço público, penalidade aplicada a servidores como resultado de um processo administrativo disciplinar. Maria Aparecida Magalhães Bifano (MDB), conhecida como Cici Magalhães, é acusada por “lesar os cofres públicos ou delapidar o patrimônio do Estado”. A decisão foi publicada pela Controladoria-Geral do Estado no Diário Oficial na última quinta-feira (19 de junho). Pelo ato, Cici tem o prazo de 10 dias para entrar com pedido de reconsideração ou com recurso.

A ex-servidora foi nomeada para a delegacia regional em 2015, durante o governo de Fernando Pimentel (PT). A irmã do líder de Zema na Assembleia deixou o cargo em 2016 para disputar a eleição para prefeitura de Manhuaçu naquele ano e venceu o pleito.

O processo disciplinar, entretanto, foi aberto em 2017 e concluído dois anos depois. Cici é investigada por supostas irregularidades no pagamento de aluguéis de um prédio que seria utilizado para abrigar a Delegacia Regional de Saúde de Manhumirim (DRS), na Zona da Mata, de onde ela foi diretora. Os valores teriam sido pagos, mas a delegacia estaria ocupando, ao mesmo tempo, um outro imóvel.

No ano passado, a defesa de Cici fez um pedido de revisão da sanção ao governador Romeu Zema (Novo). Na ocasião, o advogado dela afirmou que a cliente não tinha qualquer relação com as acusações do processo disciplinar e que, portanto, a punição não seria cabível.

A reportagem não conseguiu contato com Cici. O espaço segue aberto.