Congresso

Prejuízo com depredação só na Câmara e no Senado ultrapassa R$ 6 milhões

Detalhamento dos estragos no prédio em que trabalham os deputados foi publicado nesta terça-feira (10)

Por O Tempo Brasília
Publicado em 10 de janeiro de 2023 | 11:10
 
 
 
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Os prejuízos causados pelos terroristas que invadiram os prédios da Câmara e do Senado, em Brasília, no último domingo (8), ultrapassam R$ 6 milhões. Os valores não incluem os prejuízos no Palácio do Planalto (onde só em obras de arte o valor passou de R$ 8 milhões) e no Supremo Tribunal Federal (STF), o prédio mais atingido.

O relatório de prejuízos na Câmara foi divulgado nesta terça-feira (10). O documento aponta gastos de R$ 3 milhões para repor 400 computadores destruídos, vidros e outros itens de mobiliário. Além disso, duas viaturas da Polícia Legislativa foram danificadas e têm custo de R$ 500 mil. Os vidros das fachadas custarão R$ 100 mil. Já o tapete do salão verde, que foi queimado em alguns pontos e enfrentou inundação em outros, terá que sofrer reparos. A troca de cerca de 100 m² do tapete custará R$ 20 mil.

Também foram danificados monitores do painel de vídeo wall do colégio de líderes (R$ 10 mil), cadeiras e uma mesa de telefone. Ao menos três televisores foram danificados nos gabinetes de lideranças (R$ 2 mil cada). Os invasores também destruíram mesas do Salão Verde e queimaram cadeiras nas lideranças do PSDB e PT.

Os custos apresentados pela Câmara não incluírem os reparos necessários em obras de arte, como a avaria do muro artístico de Athos Bulcão. Apenas um pequeno vidro de tinta para reparo custa R$ 800. Também houve roubo e destruição de peças expostas na vitrine do Salão Verde, cujo valor é inestimável. 

Dos 45 presentes de delegações estrangeiros que estavam sendo expostos no Salão Verde, seis estão desaparecidos ou irrecuperáveis. Outros foram encontrados com danos pontuais e poderão passar por restauração. Também foram danificados a escultura Bailarina, de Victor Brecheret, descolada da base, e a escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling, que está marcada com uma paulada.

Escaparam dos vândalos a escultura de bronze fundido conhecida como Anjo, de Alfredo Ceschiatti, o painel Candangos, de Di Cavalcanti, o painel Araguaia, de Marianne Peretti, e o painel Alumbramento, da mesma artista.
Foram atingidas a rampa do Congresso, as áreas das cúpulas, varanda frontal do Congresso, Salão negro, Salão Branco (chapelaria), Salão Verde, Plenário Ulysses Guimarães, Hall das Secretarias, corredores de lideranças, colégio de Líderes e lideranças do PT e do PSDB.

Senado

Na segunda-feira (9), o Senado também já havia divulgado que os prejuízos na Casa ficaram entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. Não houve detalhamento do material destruído, mas o espaço foi aberto para que a imprensa pudesse ver a magnitude dos estragos, que incluem portas e cadeiras quebradas, sistema de incêndio e câmeras inutilizadas, mesas e documentos depredados.

Palácio do Planalto

Na sede do poder Executivo, apenas as obras de arte destruídas têm valor estimado de mais de R$ 8 milhões. Contudo os dados de materiais de trabalho destruídos ainda não foram divulgados.

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