No dia escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para bater o martelo sobre o futuro do projeto do Orçamento de 2021, o presidente da Câmara defendeu o texto aprovado pela Casa e afirmou que são injusas as críticas sobre a peça. Bolsonaro tem reunião nesta amanhã com o ministro Paulo Guedes e a equipe econômica para decidir o que fazer sobre o Orçamento. Guedes é um dos maiores críticos do texto e já avisou que a proposta é impossível de executar.

"O O orçamento desse ano só foi aprovado depois da eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, justamente pelas dificuldades criadas pela gestão do meu antecessor e os seus compromissos políticos. Agora depois de aprovado com amplo acordo que incluiu o governo, as críticas são injustas e oportunistas, cabendo ao governo propor soluções que atendam às demandas acordadas durante a votação, respeitando todos os limites legais e o teto de gastos", alertou Arthur Lira em suas redes sociais.

Enquanto a equipe econômica pressiona por mudanças para que o governo possa cumprir as regras fiscais, o núcleo de apoio de Lira defende a manutenção de acordos feitos com os parlamentares para abrir mais espaço para emendas parlamentares. Para que isso fosse feito, o governo deu aval a uma manobra financeira que subestimou as despesas obrigatórias. Especialistas apontam que trata-se de uma pedalada fiscal e que, se Bolsonaro sancionar o Orçamento como veio do Congresso estaria cometendo crime de responsabilidade.