A pesquisa DATATEMPO mostrou que 72,8% dos eleitores não sabem quem é o prefeito de Belo Horizonte. Outros 26,8% afirmam conhecer o chefe do Executivo, Fuad Noman (PSD). O outro político citado quando os entrevistados pelo instituto foram questionados sobre quem é o prefeito foi Alexandre Kalil (PSD), que ficou na prefeitura até o começo de 2022, quando deixou o cargo – que foi assumido por Fuad – para concorrer ao governo de Minas. A margem de erro do levantamento é de 2,83 pontos percentuais para mais ou para menos.

De acordo com o levantamento, feito entre 26 e 31 de agosto, o prefeito Fuad Noman é mais conhecido entre os homens (32,3%) do que entre as mulheres (22,1%). Os entrevistados da faixa etária entre 45 e 59 anos (33,2%) são os que mais sabem citar seu nome, enquanto só 11,8% dos jovens entre 16 e 24 conhecem o prefeito. Quando o recorte é feito pela renda, os mais ricos, com percentual de 33,4%, conhecem mais o prefeito que os mais pobres, que somam 18,3% dos participantes.

Na divisão por região administrativa de Belo Horizonte, Fuad Noman é mais conhecido na parte Centro-Sul da cidade (35,6% dos entrevistados acertaram a pergunta), justamente o local onde o prefeito é menos avaliado positivamente. 

Por outro lado, só 18,1% dos moradores da região Noroeste sabem dizer que o pessedista ocupa a cadeira mais importante da cidade. Ele também é menos conhecido entre os evangélicos (19,6%) do que entre os entrevistados que se identificam como católicos (30,5%).

Desconhecimento é melhor que rejeição

Cientista social e analista do DATATEMPO, Bruna Assis avalia que a aprovação da gestão de Fuad Noman (PSD) à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, apesar do desconhecimento de seu nome, é uma boa notícia para uma eventual futura campanha do prefeito pela reeleição. Para ela, é mais fácil se fazer conhecido que reverter rejeição.

“A situação dele é confortável. Embora seja pouco reconhecido como prefeito, sua gestão é razoavelmente bem avaliada e aprovada por mais da metade dos eleitores da capital, o que indica pouca rejeição. O caminho para se fazer reconhecido como responsável por uma administração já bem aprovada é menos oneroso e promete mais resultados do que um caminho que exige uma mudança profunda”, considera.

“Sua gestão é bem avaliada e aprovada por mais da metade dos eleitores, o que indica pouca rejeição. O caminho para se fazer reconhecido como responsável por uma administração já bem aprovada promete mais resultados do que um caminho de uma mudança profunda.”, completa.

Metodologia

A pesquisa DATATEMPO realizou 1.200 entrevistas domiciliares, de 26 a 31 de agosto. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.