Derrotados pelo governador de São Paulo, João Doria, na disputa das prévias tucanas ao Palácio do Planalto, o governador gaúcho, Eduardo Leite, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, defenderam a união da legenda e criticaram a polarização política no país.
Primeiro a falar após o anúncio do resultado pelo presidente da sigla, Bruno Araújo, Virgílio destacou a importância das prévias. Ele chegou a se emocionar em alguns momentos.
"Foi um momento muito feliz para cada um de nós. Deveríamos fazer as próximas prévias de modo diferente, porque ainda cheira a república velha. Mas é melhor esta do que não termos prévia nenhuma", disse Virgílio, enfatizando que Eduardo Leite pode ser um nome para ser sucessor de Doria no Palácio do Planalto, caso os tucanos vençam a disputa de 2022.
"O João tem uma convicção como a minha contra a reeleição. Então, João, vamos seguir assim e preparar o Eduardo para ser o seu sucessor", completou.
Eduardo Leite, que praticamente polarizou a disputa com Doria, se disse realizado e feliz.
"Muita gente não entende como consigo me manter calmo nesses momentos. O que me deixa tranquilo é que lutei o bom combate. Fui lançado por um grupo que acredita na transformação que estamos fazendo no nosso Estado, sem querer passar um por cima do outro", afirmou, destacando a importância da diversidade como patrimônio de uma sociedade.
"Me orgulho de ser o primeiro político a falar abertamente que é gay, porque o nosso país é diverso. Essa diversidade nos faz mais ricos. Não podemos mais conviver com um governo que considera isso errado", enfatizou Leite.