Eleições 2022

Em reunião do PV, Agostinho Patrus diz que é candidato à reeleição

Presidente da ALMG abriu mão de ser vice de Kalil para aumentar as chances de uma aliança do ex-prefeito de Belo Horizonte com Lula

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 18 de maio de 2022 | 18:33
 
 
 
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O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PSD), disse nesta quarta-feira (18) que será candidato à reeleição para deputado estadual. A declaração ocorreu em uma reunião fechada da bancada do PV, partido ao qual Agostinho era filiado até o mês passado. Fontes que participaram do encontro confirmaram a declaração a O TEMPO.

Agostinho Patrus seria, inicialmente, o candidato a vice na chapa de Alexandre Kalil (PSD) ao governo de Minas. Porém, em reunião com o ex-presidente Lula (PT) na última sexta-feira (13), ele abriu mão da vaga para aumentar as chances de uma aliança entre o petista e o ex-prefeito de Belo Horizonte.

Procurado por meio da assessoria de imprensa, Agostinho não se posicionou sobre a declaração na reunião do PV até a publicação desta reportagem.

A fala é a primeira sinalização de Agostinho sobre o seu futuro desde que abriu mão da posição de vice. Desde o início do ano, especula-se nos corredores da ALMG que ele está segurando a votação da indicação do novo conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) porque tem interesse em ser o escolhido para a vaga. O posto está vago desde dezembro do ano passado.

Em entrevista no final de abril a O TEMPO, o presidente da ALMG negou que queira se tornar conselheiro e atribuiu a demora ao fato de haver quatro candidatos para vaga. “Estamos buscando com os candidatos chegar a um bom termo para, se não for possível termos candidato único, pelo menos diminuirmos esse número de postulantes para que essa discussão na ALMG corra de forma mais amena”, disse.

Aliados de Agostinho apontam que ele não desmobilizou as bases eleitorais que o elegeram nas últimas eleições e, portanto, teria condições de se candidatar novamente a deputado estadual e repetir o desempenho de 2018 sem grandes dificuldades.

Se for reeleito, ele não poderá se candidatar novamente para a presidência da ALMG. Ele já foi escolhido duas vezes para o cargo que ocupa desde 2019, o máximo de reconduções permitidas pelo regimento interno da Casa.

Há a possibilidade também de Agostinho ser escolhido para algum cargo no governo federal ou no governo estadual caso Lula ou Kalil vençam as eleições. Conforme o secretário-geral do PSD, deputado Cássio Soares, disse a O TEMPO na terça-feira (17), Agostinho saiu maior das negociações com o PT.

“Ele demonstrou desprendimento e sentimento de unidade. Foi uma vontade pessoal dele. A vaga de vice estava garantida para ele diante de manifestações públicas do Kalil. Ele saiu maior no processo. Ele tem toda a confiança tanto do nosso pré-candidato Kalil quanto do nosso partido PSD”, declarou Soares.

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