Câmara de BH

Frente cristã questiona diretrizes de plano municipal de educação

Vereadores se reuniram com a secretária de Belo Horizonte e apresentaram pontos a serem revisados

Por Franco Malheiro
Publicado em 07 de setembro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Um plano de diretrizes educacionais a ser adotado na rede municipal, elaborado pelo Conselho Municipal de Educação de Belo Horizonte (CME-BH), homologado e publicado no “Diário Oficial do Município” do dia 30 de agosto, pela Secretaria Municipal de Educação, não agradou a frente cristã da Câmara de Belo Horizonte (CMBH). 

Anteontem, quatro vereadores da bancada se reuniram com a secretária municipal de Educação, Ângela Dalben, e apresentaram pontos a serem revisados no documento.
De acordo com os parlamentares, algumas questões dadas pelas diretrizes “não são adequadas para serem tratadas dentro de sala de aula”.

“Dentre algumas questões que foram aprovadas nesse documento, tem alguns pontos que a frente cristã diverge com o conteúdo. Com base nessas divergências, seguindo nossos conhecimentos ideológicos, elaboramos um documento e apresentamos à secretária para que ela revise pontos que julgamos inadequados”, explica o vereador Wesley Autoescola (PRP), líder da frente cristã da CMBH. Estiveram presente na reunião, além do líder, os vereadores Irlan Melo (PL), Pedrão do Depósito (PPS), e Marilda Portela (Republicanos).

Sexualidade e Gênero

Wesley da Autoescola chama atenção para o artigo 19 do documento. No texto, está previsto, entre outras questões, que podem ser incluídos, além da base nacional curricular, temas transversais como sexualidade, gênero e orientação sexual. 

“O artigo 19 coloca como termo que pode ser debatido em escola gênero, sexualidade e orientação sexual, e a frente cristã julga inadequado se debater esses assuntos em sala de aula, e pedimos para que se altere no documento”, afirmou o parlamentar.

De acordo com o vereador, a reunião foi amistosa, e a secretária ficou de dar uma resposta rápida a respeito das queixas da frente, que a princípio vai aguardar pelo retorno. 

“A princípio, estamos nesse stand-by, acordados que semana que vem ela nos dará uma posição. Diante daquilo que ela decidir, nós vamos pensar em outros caminhos legais para que possamos ter êxito naquilo que almejamos”, concluiu. 

O texto da Resolução do CME-BH 2/2019 afirma que, para que a gestão da educação seja democrática, “é preciso que possibilite a sujeitos de vivências e origens diferentes o direito à manifestação de seus saberes diferenciados e opiniões dentro da vivência escolar”. A reportagem procurou a secretária, mas ela não havia se pronunciado até o fechamento da edição. 

Quórum

Na sessão plenária de ontem da Câmara de BH estavam em pauta 12 projetos de lei para serem apreciados. No entanto, por falta de quórum, a sessão foi encerrada após 15 minutos e nada foi votado.

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