BRASÍLIA – A Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 4 bilhões em bens do crime organizado em 2024. O número inclui imóveis, veículos, aeronaves e valores, resultado de cerca de 2,5 mil operações realizadas ao longo do ano. 

O balanço foi divulgado pelo diretor-geral da instituição, o delegado Andrei Passos Rodrigues, em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (27). Ele destacou que houve um aumento superior a 60% nas apreensões em comparação ao ano passado. 

“Antes de 2023, os valores anuais não passavam de R$ 700 milhões. Este ano, ultrapassamos R$ 4 bilhões”, ressaltou Rodrigues.

Ele citou ainda a criação de 33 forças integradas de combate ao crime organizado, abrangendo todos os estados e regiões do Brasil. 

“Já realizamos mais de 300 operações conjuntas com as polícias estaduais, resultando na prisão de mais de mil pessoas”, afirmou.

Sobre a fiscalização dos Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), Rodrigues informou que o início da responsabilidade da PF foi adiado para meados de 2025. Segundo ele, a decisão decorre da falta de recursos e de pessoal.

O diretor disse que, no último ano, avanços importantes foram feitos na transição de sistemas, com apoio dos ministérios da Defesa e da Justiça. “Com o adiamento, teremos melhores condições de assumir esse controle de maneira eficiente”, afirmou.

Desde o decreto presidencial de julho de 2023, a PF se prepara para assumir essa atribuição, atualmente sob responsabilidade do Exército. Rodrigues assegurou que a transição está sendo conduzida de forma estruturada.

O balanço das ações da PF em 2024, segundo Rodrigues, reflete o fortalecimento da instituição no enfrentamento ao crime organizado. Ele ressaltou que o trabalho integrado tem sido fundamental para alcançar esses resultados expressivos.