BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) apreendeu em 2024 pelo menos R$ 5,6 bilhões em bens do crime organizado. Esse valor representa um aumento de 70% dos R$ 3,3 bilhões descapitalizados das organizações criminosas em 2023. 

Compreendem a base de cálculos desses recursos imóveis, automóveis, aeronaves, lanchas, armamento, joias e dinheiro em espécie já recuperados em bloqueios judiciais. 

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29), pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em um balanço das operações realizadas pela corporação nos últimos dois anos.

Segundo Lewandowski, o enfrentamento à criminalidade organizada “é uma rotina diária” da PF que, no ano passado, teria reforçado um papel “essencial” no combate aos crimes que afetam diretamente a sociedade.

“Esses dados não apenas demonstram o êxito das operações, mas também o impacto direto na redução da capacidade de ação de facções criminosas em nosso país”, disse o ministro. Os dados não incluem apreensões em operações das polícias civis nos Estados.

Tráfico de drogas

A repressão ao tráfico de drogas, inclusive em fronteiras, portos e aeroportos, registrou um aumento no último ano, segundo a Polícia Federal. O maior registro foi registrado na erradicação de plantações de maconha, com pouca variação da apreensão de cocaína.

  • Maconha apreendida 
    2023: 416,3 toneladas ● 2024 = 479,1 toneladas (15%) 
  • Maconha erradicada (plantações)
    2023 = 418.520 pés ● 2024 = 737.950 pés (76%)
  • Ecstasy apreendido
    2023 = 504.119 unidades ● 2024 = 607.886 unidades (20,7%) 
  • Cocaína apreendida
    2023 = 72,5 toneladas ● 2024 = 74,5 toneladas (2,8%)