O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência, Romeu Zema (Novo), na manhã desta quarta-feira (23/7). Em uma publicação no X (antigo Twitter), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu a uma reportagem em que Zema afirma que Eduardo teria criado um “problema” para a direita ao supostamente provocar a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos, sob gestão de Donald Trump. Na postagem, Eduardo atacou o governador, afirmando que Zema só se sensibiliza quando os atingidos são integrantes da "sua turminha da elite financeira”.

"Deve ter sido eu quem mandou prender velhinhas de 70 anos pelo resto da vida na prisão. Deve ter sido eu quem mandou prender parlamentar por uma década, por um mero vídeo na internet. Deve ter sido eu que desrespeitei todas as mais básicas liberdades individuais", ironizou Eduardo Bolsonaro, que não concorda com as deliberações da Justiça brasileira no processo sobre tentativa de golpe de Estado. Seu pai, Jair Bolsonaro, é um dos principais investigados.

"Deve ter sido eu quem anulou o Poder Legislativo e instaurou uma tirania de lunáticos no país. Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania, não há problema, mas mexeu na sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver", disparou.

"Ao que parece, estava tudo uma maravilha enquanto era senhora e mãe de família comum sendo destroçada pela tirania", finalizou a publicação.

Zema tenta se colocar como uma alternativa da direita à presidência diante da inegibilidade de Bolsonaro. Para isso, teria que ter o aval do ex-presidente. O governador mineiro é presença constantes nos atos convocados por Bolsonaro, junto com outros governadores que ensaiam uma candidatura ao maior cargo do Executivo. Outro nome ventilado é o do próprio Eduardo Bolsonaro.