BRASÍLIA - As aparições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm piorado a percepção que o brasileiro tem sobre ele. De acordo com pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (3), para 50% dos entrevistados, Lula piora a percepção quando aparece. Apenas 31% acham que a presença do presidente melhora sua percepção, enquanto 13% avaliam que não melhora, nem piora, e 6% não souberam responder. 

O dado chama atenção, já que o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, elegeu como uma das estratégias para alavancar a popularidade do governo intensificar as aparições do presidente, seja com viagens e eventos, seja com entrevistas.

Durante reunião ministerial no início do ano, o marqueteiro afirmou que os feitos do governo precisam chegar à população e disse que Lula deve ser o “motor” da comunicação. 

Fato é que os discursos do petista acumulam gafes. A mais recente foi uma declaração de Lula, ao se referir à ministra Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais, de que escolheu uma “mulher bonita” para diminuir a distância com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A fala ocorreu durante cerimônia para assinatura da Medida Provisória que facilita o crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada, no Palácio do Planalto, no dia 12 de março. 

Na mesma cerimônia, ao destacar as lideranças governistas no Congresso, Lula ainda se referiu ao deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, como “cabeçudão do Ceará”. 

Lula foi criticado também por auxiliares e nas redes sociais, além de desagradar a primeira-dama Janja da Silva, ao afirmar que homens são "mais apaixonados" pelas amantes do que pelas suas mulheres, no evento que marcou os dois anos das invasões de 8 de janeiro de 2023 no Palácio do Planalto. 

As gafes costumam aparecer quando o presidente fala de improviso. Em outras ocasiões, Lula disse para uma mulher, beneficiária do Minha Casa, Minha Vida e mãe de três crianças, que ela deveria "parar de ter filhos".

Ele também já disse que é preciso estudar porque "nenhuma mulher quer namorar com um cara que é ajudante geral" e disse ter ficado surpreso ao se dar conta de que no Rio Grande do Sul "tem tanta gente negra".