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'Nenhuma mulher quer namorar um cara que é ajudante geral', diz Lula

Petista cumpriu agenda no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (7)

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 07 de fevereiro de 2024 | 16:08
 
 
 
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (7), durante agenda no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que “nenhuma mulher quer namorar um cara que é ajudante geral” e que por causa disso é importante os jovens estudarem. 

Na ocasião, o petista anunciou a construção de um Instituto Federal de Educação (IF) na maior comunidade carioca. Ao discursar, ele listou a transformação desigual do mundo do trabalho no Brasil ao longo dos séculos até o período industrial e o trabalho em fábricas. “O Brasil sempre foi um país governado por gente que não tinha apreço pela educação do povo brasileiro, o povo brasileiro não tinha que estudar, tinha que trabalhar”.

“Mas na fábrica, a gente tem que ter uma profissão. Se a gente não tiver profissão, a gente vai virar ajudante geral, e ajudante geral não ganha nada”, frisou. “Nenhuma mulher quer namorar com um cara que mostra a carteira profissional. ‘Qual é a sua profissão? ajudante geral’ Daí a mulher fala: ‘Pô, cara nem profissão você tem…para levar um feijão, uma arroz para casa no final do mês. E as crianças que vão nascer? como é que a gente vai cuidar?’, frisou. Em seguida, se dirigiu aos jovens no evento e endossou. “Então, tem que estudar. Todo mundo tem que estudar”, concluiu. 

O petista continuou discursando lembrando que é o caçula de 12 filhos filhos e que a mãe saiu do Nordeste brasileiro para São Paulo e que ele foi o único dos filhos a tirar um diploma técnico. Antes de fazer seu nome no sindicalismo brasileiro e na política, Lula era torneiro mecânico no ABC Paulista.

Gafes no Lula 3

A fala de Lula no Complexo do Alemão se soma a outras declarações controversas do presidente. Na semana passada, durante visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), disse a uma jovem negra durante um evento no ABC paulista que "uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor".

Em 18 de abril do ano passado, o presidente relacionou “problemas de parafuso” ao se referir a pessoas com transtornos mentais. Grupos que representam pessoas com deficiências e transtornos mentais reclamaram. Quatro dias depois, ele se desculpou. Em 19 de julho, ao lado do presiente de Cabo Verde, em visita ao país africano, Lula disse ter “profunda gratidão” à África “pelo que foi produzido em 350 anos de escravidão” no Brasil.

Ainda no ano passado, em 26 de setembro, o presidente da República deu uma declaração capacitista ao desassociar a beleza do uso de muleta e andador em um comentarário sobre a recuperação da cirurgia que faria semanas depois no quadril. “Vocês não vão me ver de andador, vão me ver bonito”, afirmou durante live semanal.

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