BRASÍLIA - O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta segunda-feira (5) que o plano de ressarcimento dos aposentados que foram alvo de desvios ilegais em suas mensalidades deve sair até a semana que vem.
Em entrevista à GloboNews, Waller relatou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu “pressa” e “agilidade” para que o processo seja concluído e o dinheiro, devolvido.
"O presidente da república determinou o mais rápido possível. Agora, estamos em fase interna na Casa Civil. Tão logo seja aprovado, seja concordado, seja fechado — temos outros atores para discutir como Supremo, CNJ, DPU, Ministério Público Federal —, comecemos o mais rápido", disse.
Gilberto Waller Junior também informou que neste domingo (4) o INSS abriu 13 processos que visam responsabilizar pessoas jurídicas citadas no relatório da Polícia Federal. Elas são apontadas como “pagadoras de propina para agentes públicos e também empresas de fachada", pontuou.
A devolução dos valores foi tema de uma reunião na última sexta-feira (2) com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. Ao todo, foram R$ 6,3 bilhões fraudados por entidades que diziam representar os beneficiários.
Logo após o escândalo ter sido revelado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal, o governo suspendeu os descontos e prometeu ressarcir todos os prejudicados. Os contratos com as entidades investigadas também foram suspensos.
No entanto, ministros já admitiram que ainda não se sabe como vai ser operacionalizada essa devolução. A intenção inicial era fazer o ressarcimento ainda nos pagamentos do mês de maio Como a forma ainda é estudada, é possível que o dinheiro seja reposto só nos próximos meses.
Gilberto Waller Júnior assumiu o comando do INSS no lugar de Alessandro Stefanutto, demitido após o escândalo das fraudes. Dias depois, o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também deixou o cargo, sendo substituído por Wolney Queiroz.