BRASÍLIA - O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, se reúne na tarde desta sexta-feira (2) com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) para discutir a devolução dos valores desviados nas mensalidades de aposentados no INSS.
Ao todo, foram R$ 6,3 bilhões fraudados por entidades que diziam representar os beneficiários. Logo após o escândalo ter sido revelado pela CGU e pela Polícia Federal, na semana passada, o governo federal suspendeu os descontos e prometeu ressarcir todos os prejudicados.
No entanto, ministros já admitiram que ainda não se sabe como vai ser operacionalizada essa devolução. "Nós vamos encontrar o caminho para isso porque essas pessoas foram lesadas, nós vamos encontrar o caminho de reparação", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A intenção inicial do governo era fazer o ressarcimento ainda nos pagamentos do mês de maio, mas ainda não há confirmação de que isso vá acontecer. Como a forma de devolução ainda é estudada, é possível que o dinheiro seja reposto nos próximos meses.
Este é um dos primeiros compromissos de Gilberto Waller Júnior desde que assumiu o comando do INSS, na última terça-feira (29). Ele substitui Alessandro Stefanutto, demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a divulgação das fraudes.
Segundo o Palácio do Planalto, Gilberto Waller é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro e ingressou no Poder Público como procurador do INSS em 1998, tendo ocupado os cargos de corregedor-geral do INSS de 2001 a 2004 e subprocurador-geral do INSS de 2007 a 2008.
Na Controladoria-Geral da União, ocupou a função de ouvidor-geral da União de março de 2016 a janeiro de 2019 e de corregedor-geral da União de 2019 a 2023. Atualmente, ocupa o cargo de corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia Geral da União.