BRASÍLIA - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta quarta-feira (2) o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do que ela chamou de “ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais”.
Em uma publicação em seu perfil, Gleisi afirmou que “debate, divergência e disputa política fazem parte da democracia”, mas que não autorizam os ataques contra Motta.
O debate, a divergência, a disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza os ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado @HugoMottaPB, o que repudio. Não é assim que vamos construir as saídas para o Brasil,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 2, 2025
A declaração da ministra ocorre como uma tentativa de reaproximação, em meio ao embate entre governo e Congresso Nacional em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), o Planalto recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do Legislativo que derrubou o reajuste do imposto.
O governo também partiu para um discurso do “nós contra eles”, de que o Executivo busca fazer justiça tributária, enquanto o Congresso estaria a serviço das elites. Em postagens nas redes sociais, governistas e aliados buscam mostrar que a classe média e os mais pobres defendem “justiça tributária”. Algumas publicações trazem ainda o tom de que Motta seria "inimigo do povo" e "traidor".
Em recado ao Planalto, Motta divulgou um vídeo em suas redes sociais, na segunda-feira (30), em que diz que “quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”. "A polarização política tem cansado muita gente, agora querem criar a polarização social", continuou.