BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (27/8) que não pretende ser candidato a nenhum cargo nas eleições de 2026. Ele relata que já comunicou ao partido, mas destaca que a ideia ainda não tem a anuência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não tenho intenção, nesse momento, a ser candidato em 2026. Já expressei isso à direção do partido. Não conversei com o presidente ainda”, disse, em entrevista ao portal Uol.
Apesar da negativa, Haddad é cotado para ser candidato ao governo estadual ou ao Senado por São Paulo. A intenção, manifestada por dirigentes como o presidente do PT, Edinho Silva, é fortalecer o palanque de Lula no maior colégio eleitoral do país.
No entanto, uma eventual vitória de Haddad para o governo paulista é vista como improvável devido à popularidade do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que seria um forte candidato à reeleição ou largaria em boas condições para emplacar um sucessor.
Já para o Senado, o cenário é considerado mais palpável. Em uma eleição que elegerá duas vagas por estado, Haddad teria como principais adversários o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP).
Coligação de Lula
Ainda nesta quarta-feira, Fernando Haddad afirmou ser natural que partidos do Centrão e de centro-direita apoiem candidaturas de oposição ao projeto de reeleição do presidente Lula.
O ministro avalia que a “elite” tem dificuldades para apoiar o petista e “assimilar” suas ideias, além de ter problemas em compactuar com a agenda progressista.
“Os partidos mais do establishment, mais ligados à elite, a tendência é optar por uma candidatura conservadora. Venda de estatal, corte de direitos. O que o presidente espera é que, enquanto estamos juntos no governo, defendamos o nosso legado", pontuou.