BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta terça-feira (5/8) que o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU e se emocionou ao lembrar de quando passou fome. O presidente chegou a chorar durante o relato, em cerimônia no Palácio do Planalto.

“Ficava com vergonha de dizer que estava com fome. E isso aconteceu várias vezes”, contou o presidente, durante discurso em reunião do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional). “A primeira vez que eu comi pão eu tinha sete anos”, acrescentou. 

Relatório aponta que o Brasil tem menos de 2,5% da população em insegurança alimentar grave, segundo dados da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Nesta terça-feira, o presidente também afirmou que o combate à fome deveria ser uma obrigação prevista na Constituição e alertou que a fome pode voltar ao Brasil, caso "uma coisa qualquer" assuma a Presidência da República.

"Se a gente deixar o governo e uma coisa qualquer assumir, a fome volta outra vez, porque não é uma prioridade. [Isso] Não deveria ser um compromisso de governo, deveria ser uma obrigatoriedade constitucional. Num governo que tem gente passando fome, o governante tem que ser decapitado”, brincou. 

Mais cedo, durante reunião do "Conselhão", o petista ainda reclamou que não houve "festa" para celebrar a conquista histórica.

"Eu achei que a gente ia fazer uma festa. Em função da taxação, a gente não fez festa. Mal e porcamente saiu um comunicado. Quantos países do mundo gostariam de ter conseguido o que nós conseguimos", reforçou.