BRASÍLIA - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que “respeita” a decisão da Federação formada por PP e União Brasil de desembarcar do governo Lula, oficializada nesta terça-feira (2/9). A ordem dos partidos é que os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) deixem seus cargos.

“Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP. Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair”, publicou a ministra nas redes sociais.

Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, Gleisi aproveitou para mandar um recado para partidos e quadros que ainda fazem parte do governo. Segundo ela, todos devem trabalhar a favor de projetos prioritários do Executivo federal no Congresso.

“Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia e o estado de direito, nossa soberania. Precisam trabalhar conosco para aprovação das pautas do governo no Congresso Nacional”, escreveu.

“Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, concluiu a petista.

A resolução da Federação PP-União Brasil prevê que caso algum filiado aos dois partidos decida permanecer no governo, estará sujeito a punições internas. O anúncio era tido como uma questão de tempo e tem relação direta com os planos das duas siglas para as eleições de 2026, quando devem embarcar em um projeto de oposição a Lula.

Apesar do desembarque, a Federação ainda tem alguns aliados importantes do governo no Congresso. O principal deles é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem dois ministros apadrinhados no governo: Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações).