Relações Exteriores

Bolsonaro diz que trabalha por asilo a Jeanine Áñez, acusada de golpe na Bolívia

Presidente afirmou que considera situação da ex-chefe de Estado uma injustiça e que conversa com colegas sul-americanos sobre o assunto

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 27 de junho de 2022 | 09:37
 
 
 
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou neste domingo (26) que quer dar asilo político à ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, condenada em seu país sob a acusação de dar um golpe de Estado. O chefe do Executivo brasileiro afirmou que está conversando sobre o assunto com os colegas sul-americanos e afirmou que considera a prisão dela uma injustiça.

"Conversei com o (Alberto) Fernandez (presidente da Argentina), como tenho conversado com chefes de Estado outros, a questão da Jeanine Áñez, que está presa na Bolívia. Ela assumiu a vaga do (ex-presidente) Evo Morales, que fugiu pra Argentina, cumpriu um ano e meio de governo, aproximadamente, na escala hierárquica, como no Brasil, (com) presidente, vice-presidente, presidente da Câmara e do Senado. Quando tivemos eleições novamente na Bolívia, ganhou a turma simpática ao Evo Morales e, após a posse do novo presidente, ela foi presa preventivamente", relatou Bolsonaro no programa "4 por 4", em transmissão também exibida em suas rede sociais.

O presidente então afirmou que conversou om Jeanine Áñez apenas uma vez e afirmou que fará o possível para que ela venha para o Brasil.

"(Ela) cumpriu um ano de cadeia, tentou duas vezes o suicídio, tive uma vez com ela apenas, achei uma pessoa bastante simpática, uma mulher, acima de tudo. E, há coisa de um mês, ela e o seu ministro da Defesa e o chefe de polícia foram condenados todos há dez anos de cadeia. Eu sei que a Jeanine está presa, vi umas imagens terríveis, uma mulher sendo arrastada pra dentro do presídio, sendo acusada de atos antidemocráticos", criticou Bolsonaro, reforçando que trabalha pelo asilo à ex-chefe de Estado.

"Continuamos a conversar. O que for possível eu farei para que ela venha para o Brasil caso assim o governo da Bolívia concorde. Estamos prontos para receber o asilo dela, como desses outros dois que foram condenados há 10 anos de cadeia", disse ele, afirmando que se algum deles estiver no Brasil "Não sairá daqui" enquanto ele for presidente.

Bolsonaro ainda criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não interceder sobre o assunto junto ao ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, e comparou o caso ao inquérito dos atos antidemocráticos que transcorre no Brasil, sob a condução do Supremo Tribunal Federal (STF) . 

"Então, o Brasil está fazendo realmente botando em prática a questão de relações internacionais, a questão de diretos humanos para ver se traz a Jeanine Áñez, oferece para ela o asilo aqui no Brasil, porque eu considero que ela ser condenada por atos antidemocrtático lembra muito o inquérito que está correndo aqui no Supremo Tribunal Federal. Mesmo róitulo: atos antidemocráticos. É uma injustiça com uma mulher presa na Bolívia".

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