Alta dos combustíveis

Bolsonaro exonera o almirante Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia

Em live na última quinta-feira (5), Bolsonaro criticou a política de preços da Petrobras e pediu congelamento; Ele citou nominalmente Bento Albuquerque, além de José Mauro Coelho, presidente da Petrobras

Por Renato Alves
Publicado em 11 de maio de 2022 | 08:07
 
 
 
normal

O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (11). 

Para o cargo, Bolsonaro nomeou o economista Adolfo Sachsida, que deixou a chefia da Assessoria Especial do Ministério da Economia.

Sachsida fez uma publicação no Twitter agradecendo a Bolsonaro, a Paulo Guedes, (ministro da Economia) e a Albuquerque.

"Agradeço ao Presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pela apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar à altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil."

Bolsonaro fez duras críticas ao ministro e ao presidente da Petrobras

Bolsonaro tomou a decisão um dia após o mais recente aumento do preço do diesel, anunciado pela Petrobras na segunda-feira (9) e que entrou em vigor na terça-feira (10). 

Em live nas redes sociais na última quinta-feira (5), Bolsonaro criticou a política de preços da Petrobras e pediu que os mesmos ficassem congelados.

Bolsonaro citou nominalmente Bento Albuquerque, além de José Mauro Coelho, presidente da Petrobras.

"Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel”, disse.

Em seguida, ele fez apelos para que a Petrobras não voltasse a aumentar o preço dos combustíveis no Brasil.

“Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição", completou o presidente.

Aos gritos, Bolsonaro afirmou que os lucros registrados pela empresa são "um estupro", beneficiam estrangeiros e quem paga a conta é a população brasileira.

"O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais os preços dos combustíveis", disse Bolsonaro na transmissão ao vivo pelas redes sociais.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!