Após uma sequência de ataques recentes ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, que costumava colocar em suspeita, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recuou e defendeu que as eleições "têm tudo para serem tranquilas", mas desde que sejam acompanhadas por determinadas entidades.
Na transmissão da live desta quinta-feira (14), o presidente iniciou reiterando a participação das Forças Armadas no processo eleitoral, atendendo a convite do ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso – que fez o convite justamente para tentar suplantar as suspeitas levantadas por Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas e contagem dos votos.
"Posso adiantar duas coisas que ouvi dizerem dessas poucas propostas das Forças Armadas: que os votos sejam totalizados nos respectivos estados, ou seja, nos TREs [Tribunal Regional Eleitoral], como era feito há questão de poucos anos atrás", expôs o chefe do Executivo federal.
"Uma outra sugestão, os votos quando são transmitidos pra Brasília vão pra uma sala secreta. 'Ai meu Deus do céu, a contagem tem que ser pública mas vai pra uma sala secreta?'. Que continue indo pra sala secreta, pela proposta que estamos sabendo não tem problema", continuou.
Detalhando mais como será o processo, o presidente disse que os votos serão encaminhados para outra sala, onde serão conferidos pelas Forças Armadas, Controladoria-Geral da União (CGU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras 10 entidades, segundo informou, todas entidades "convidadas também pelo então presidente do TSE, ministro Barroso".
"Temos tudo para fazer eleições tranquilas, sem problemas, só questões técnicas. Não vai ter voto impresso, voto no papel, de modo que possamos ter eleição sem suspeição", encerrou Bolsonaro.
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