De um cabideiro a 32 aparelhos de ar-condicionado. De uma cigarreira de prata e um cinzeiro de pé a uma pinha de cristal, passando por dois fogões industriais, cinco camas e 33 livros de arte. Esses são apenas alguns dos 261 itens, entre objetos e móveis, que o governo federal encontrou após ter responsabilizado o casal Bolsonaro de se mudar do Palácio da Alvorada e levado consigo parte do mobiliário público.
A localização das peças veio a público nesta quarta-feira (20) depois de o governo reconhecer que as peças reclamadas como desaparecidas estavam, na verdade, em “cômodos diversos” da residência oficial da Presidência da República. O “esvaziamento” da área privativa reclamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Janja da Silva, em janeiro de 2023, fez com que a União gastasse quase R$ 200 mil na compra de diversos móveis, entre eles um sofá de R$ 65 mil e uma cama de R$ 42 mil.
Ainda nesta quarta-feira, a Secretaria de Comunicação (Secom) do Palácio do Planalto declarou em nota que a confusão na identificação dos objetos e móveis não identificados foi da gestão anterior, responsável pela listagem das peças. De acordo com a pasta, parte dos itens não está em condições de uso, o que justificaria o investimento dos objetos.
Entre as peças perdidas e agora encontradas estavam eletrodomésticos como um liquidificador, uma batedeira, duas lavadoras de alta pressão, dois fogões industriais, dois botijões a gás, transformadores, uma tela e um aparelho de projeção, mais de dez armários, cinco camas e pelo menos 21 mesas em tamanhos variados.
Também compõem o inventário localizado na residência oficial cabides, cabideiros, cadeiras, cinco sofás, 17 poltronas, três escadas, um tapete persa, uma escultura de bronze, quatro aparelhos telefônicos, entre dezenas de outros itens.