Ao tomar posse como ministra dos Povos Indígenas nesta quarta-feira (11), Sônia Guajajara pediu que os assassinos do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips não ficassem impunes.  

Em uma cerimônia cheia de cânticos indígenas e afro-brasileiros, Guajajara disse que a população indígena ficou vulnerável nos últimos anos, exposta a um “plano de genocídio dos povos indígenas”, diante dos avanços do garimpo ilegal nos territórios, bem como da falta de políticas públicas de enfrentamento à covid-19.   

A ministra também defendeu a demarcação de terras indígenas e destacando que elas são importantes para toda a sociedade:  

“(Elas) representam estabilidade de ecossistemas em todo o planeta, garantindo inclusive a qualidade de vida nas grandes cidades. As terras indígenas são grandes aliadas no enfrentamento do combate às mudanças climáticas”.  

Guajajara fez questão de endossar que os povos indígenas são muito estigmatizados no país e que nem sempre as pessoas percebem que eles são contemporâneos e que têm muito a contribuir para o futuro, uma vez que o planeta é secular.  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava presente na cerimônia, que também deu posse à ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial. Sônia Guajajara parabenizou Lula por ter “força e coragem de reconhecer o protagonismo dos povos indígenas” e de criar, pela primeira vez na história do país, um ministério voltado aos povos originários.  

Guajajara enfatizou a importância de inclusão dos povos originários na educação, como por exemplo, na formação de professores indígenas, e se dirigiu aos ministros e políticos presentes na solenidade frisando que a pauta indígena é transversal.   

Equipe do Ministério de Guajajara 

A ministra Sônia ainda apresentou a equipe da pasta durante o seu pronunciamento oficial. Confira os nomes e respectivos cargos:  

Eloy Terena, secretário-executivo; 

Jozi Kaigang, chefe de Gabinete; 

Eunice Kerexu, secretária de Direitos Ambientais e Territoriais; 

Ceiça Pitaguary, secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena; 

Juma Xipaia, secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas; 

Marcos Xucuru, assessor especial do MPI.

 

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