BRASÍLIA - O atentado contra o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (13) fez com que a segurança na Corte voltasse a ser reforçada, como a que ocorreu após as invasões e depredações de 8 de janeiro de 2023. O número de agentes e o aparato que vão fortalecer essas medidas não foram informados por estratégia de inteligência.
Já na manhã seguinte, toda a área em volta do Palácio do STF e dos anexos I e II, onde ficam as áreas administrativas e os gabinetes dos ministros, estavam isolados por mais de 1 km de gradis que impedem o livre acesso à área.
Em 1º de fevereiro deste ano, as barreiras de isolamento haviam sido retiradas em um ato simbólico que contou com a presença dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do próprio STF, Luís Roberto Barroso. A ação representava a liberação do acesso e a vitória da democracia um ano após os ataques do 8/1.
Pelo menos uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal deve voltar a ficar de prontidão na porta do STF. Após os ataques de 8 de janeiro essa vigília tinha se tornado rotineira, mas com o relaxamento das tensões a retirada dos gradis a corporação acabava saindo do ponto para atender ocorrências.
Ainda nessa quinta-feira (14), as residências dos ministros passaram por um minucioso processo de varredura policial, ação que é de praxe, já que todas elas contam com segurança fixa e diária.
Sem visitações, inclusive no plenário
No STF, agora, a ordem é evitar a aproximação de populares. As visitas, comuns em dias de semana, durante as sessões de julgamento, e nos finais de semana, estão suspensas. Tanto a retomada delas quanto a retirada de gradis não têm previsão de ocorrer.
A medida foi tomada por precaução já que, até então, não se sabia por onde Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque, havia passado antes de lançar explosivos contra o Palácio do STF e morrer no local.
Em agosto deste ano ele visitou o plenário do STF, quando chegou a postar uma foto em suas redes sociais, O homem, no entanto, não estava entre os milhares de cidadãos monitorados pelos serviços de inteligência das Polícia Legislativa, da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por ataques a ministros da Corte e à instituição.