BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) prendeu, na noite desta quarta-feira (9), George Washington de Oliveira Souza, um dos três condenados por tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de 2022.

O homem estava foragido desde junho, quando teve a prisão ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e depois passou para o regime semiaberto. Ele foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de explosão, incêndio e posse ilegal de arma de fogo, e já tinha sido detido em flagrante no dia do plano.

George Washington foi localizado no Guará, região administrativa do DF, e foi conduzido até a 1ª Delegacia da Polícia Civil de Brasília por volta das 20h30, segundo a PF.

George Washington e os outros dois envolvidos, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza,  foram julgados e condenados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), com base em inquérito da Polícia Civil do DF.  Além disso, foram denunciados pela PGR ao STF pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

A intenção do trio, segundo os investigadores, era explodir um caminhão carregado de combustível para avião no terminal aeroportuário da capital federal, na véspera do Natal de 2022, quando ele estava lotado. Mas o motorista percebeu que havia algo sob o veículo, acionou a polícia, que conseguiu remover os explosivos em segurança. 

Os três confessaram a participação no crime, que visava provocar decretação de estado de sítio, com intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro de 2023.

George Washington viajou do Pará para Brasília para participar de manifestações por intervenção militar, contra a posse de Lula. Ele foi preso em 24 de dezembro, horas após a descoberta da bomba sob o caminhão carregado com 60 mil litros de querosene de aviação.

George Washington estava em um apartamento alugado no Sudoeste, área nobre da capital. No imóvel, policiais encontraram um fuzil, espingardas, revólveres, munição e artefatos explosivos.

O homem tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular. Portanto, não poderia estar com nenhuma arma. E, caso estivesse com a documentação em dia, não poderia ter explosivos, como o usado no plano para explodir um caminhão no aeroporto.