BRASÍLIA - Preso desde setembro de 2023, o blogueiro Wellington Macedo de Souza teve revogado pela Justiça do Distrito Federal o direito à saída temporária da prisão, em Brasília. Ele foi condenado por ter participado de uma tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022.
A decisão foi tomada pelo juiz Marcus Paulo Ferreira Cardoso, devido a um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em outro processo, que investiga atos de vandalismo cometidos em Brasília em 12 de dezembro de 2022 - data da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ordem de prisão, segundo o juiz, anula o direito à “saidinha”.
Neste mês, Wellington Macedo conseguiu progressão de pena para o regime semiaberto. Antes, chegou a se envolver em uma briga com outro detento do Complexo Penitenciário da Papuda, o que atrasou a mudança.
Em agosto de 2023, Macedo foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de multa no valor R$ 9,6 mil pela tentativa de explosão nos arredores do Aeroporto de Brasília. A decisão foi da 8ª Vara Criminal de Brasília.
Outras duas pessoas foram condenadas pelo atentado na capital federal. Presos, George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão, e Alan Diego dos Santos Rodrigues a cinco anos e quatro meses.
Em 24 de dezembro de 2022, a bomba foi instalada em um caminhão de combustível na via que dá acesso ao Aeroporto de Brasília e interceptada pela Polícia Militar do Distrito Federal. George Washington de Sousa, que na época confessou envolvimento na tentativa de atentado terrorista, teria saído do Pará para participar dos atos contra o resultado da eleição na frente do QG do Exército, na capital federal.
De acordo com as investigações, Macedo teria participado da elaboração de plano de detonação de artefatos explosivos em lugares públicos. A bomba teria sido montada por George, que entregou o artefato explosivo a Alan. Este último teria repassado a bomba a Wellington que, junto a outro homem, foi até os arredores do Aeroporto e instalou o artefato no eixo traseiro de um caminhão-tanque. O veículo estava estacionado e aguardava o momento de se aproximar da base aérea para ser desabastecido.