O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria, nesta quarta-feira (11), em uma sessão extraordinária do plenário virtual, para manter a prisão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Até o início da noite, os seguintes ministros haviam votado: Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, além do próprio relator, Alexandre de Moraes. Todos votaram junto com Moraes, formando um placar de 8 x 0.

A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. A determinação atendeu a um pedido feito pelo Diretor-Geral da Polícia Federal. Nele, a PF alega que Torres foi omisso, negligente e convivente com os atos golpistas que destruíram prédios dos Três Poderes na capital federal. 

Anderson Torres ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas foi exonerado por Ibaneis Rocha (MDB) durante os atos golpistas, na tarde de domingo (8). Horas depois, Ibaneis teve o afastamento determinado por Alexandre de Moraes, por 90 dias. O STF também confirmou a decisão.

Viagem

Anderson Torrres está nos Estados Unidos. Ele afirmou, na noite de terça-feira (10), que está retornando ao Brasíl para se apresentar à Justiça

"Recebi a notícia de que o ministro Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa", declarou.

Torres ainda afirmou que sempre baseou as suas ações "pela ética e pela legalidade".

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