O Supremo Tribunal Federal (STF) começa, na próxima semana, as audiências de instrução dos processos sobre envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro. Nessa fase, há nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além do interrogatório dos próprios réus.

Após a fase de instrução, as partes e o Ministério Público apresentam alegações finais. O julgamento, caso a caso, só ocorre após esta etapa. Ainda não há data para isso.

O gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos, será responsável pela realização dos depoimentos.

Serão ouvidas testemunhas de acusação, como policiais que atuaram para conter a depredação nas dependências do Supremo, Congresso e do Palácio do Planalto. Os depoimentos serão por videoconferência e conduzidos por juízes instrutores do gabinete de Moraes.

Desde o início das investigações, o STF abriu ações penais contra 1.245 acusados. No total, foram apresentadas 1.390 denúncias pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Cerca de 250 acusados continuam presos sob a acusação de atuarem como autores e instigadores dos atos. Cerca de 70 deles já tiveram o período de prisão renovado por Moraes após 90 dias de prisão.

A expectativa de Moraes é que os julgamentos dos casos mais graves sejam finalizados até o fim deste ano. “Pelo menos, aproximadamente os 250, que são os crimes mais graves, que estão presos, esses em seis meses, o Supremo vai encerrar”, afirmou em evento promovido pela revista Piauí e pelo YouTube.

O ministro também disse que tem conversado com a PGR para que as denúncias sejam julgadas em blocos, com 30 acusações por sessão.

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