Com a vinda do ex-presidente e pré-candidato a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Uberlândia no Triângulo Mineiro, grupos de direita organizaram a instalação de 85 outdoors pela cidade, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e repúdio à presença do petista na cidade.
Segundo o vereador Cristiano Caporezzo (PL), um dos coordenadores do grupo Direita Minas na cidade, os outdoors foram contratados com financiamento coletivo. É "uma forma demonstrar o repúdio da população de Uberlândia com a presença de Lula na cidade.”
“Isso está além da questão partidária, de ser defensor do Bolsonaro, ser de direita ou de esquerda. A questão é que o Lula envolveu o Brasil durante o seu governo nos piores esquemas de corrupção da história do país. Evidente que nós repudiamos a tentativa desse sujeito à presidência da República. Então as pessoas nos procuraram para encontrarmos uma maneira de externar isso, então surgiu a ideia dos outdoors”, explicou Caporezzo.
Ainda de acordo com ele, das 85 peças, 25 são com mensagens de repúdio a Lula e 60 em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O vereador explicou que o grupo pretendia realizar uma manifestação nesta quarta-feira, no entanto, a pedido da Polícia Militar, resolveram não realizar para evitar que o ato saísse do controle.
“Vamos respeitar o comando da PM, porque se a gente fosse realizar algo seria pacífico, mas temos medo que fuja do pacífico e possa ter confronto”, disse.
Em entrevista à reportagem, o ex-prefeito de Uberlândia Gilmar Machado (PT) e um dos organizadores da agenda de Lula e Alexandre Kalil nesta quarta-feira, afirmou que respeita as manifestações e disse saber que os outdoors foram financiados por alguns empresários da região.
“Eles acharam que fariam uma mobilização muito grande e não estão conseguindo. Os outdoors são dinheiro de alguns empresários que a gente já sabe. Agora eles tentaram adesivar, fazer um monte de coisa e não conseguiram uma mobilização grande. E hoje eles vão fazer o ato deles, e para nós é correto, democrático. Eles acharam que a gente ia entrar na pilha, mas ignoramos. Como eu conheço, convenci o meu povo para não entrar na provocação”, pontuou Machado.