Dois magistrados mineiros tomaram posse, na tarde sexta-feira (17), de cargos na diretoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília. O desembargador federal Francisco de Assis Betti assumiu a vice-presidência do órgão, e a magistrada Ângela Catão agora é corregedora regional da Corte.
Eles, juntamente com o presidente I’talo Fioravanti Sabo Mendes, vão comandar a Corte durante o biênio 2020-2022. Maior dos cinco tribunais regionais do país, o TRF-1 tem sob sua jurisdição 13 Estados e o Distrito Federal, o que representa mais de 80% do território nacional.
Essa gestão, inclusive, já começa enfrentando desafios em função do novo coronavírus no país. E justamente para evitar a propagação da Covid-19, a solenidade de posse contou com a presença mínima de pessoas e foi transmitido em tempo real pelo portal da entidade.
Trajetórias
Natural da capital mineira, Betti ingressou como desembargador federal da Corte em 2007. Desde então, o magistrado de 72 anos tem se dedicado, principalmente, a casos relacionados às áreas administrativa e penal do direito. Antes procurador da República, o mineiro começou a carreira de juiz federal há 33 anos em Petrolina (PE).
Depois, esteve à frente da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Foi no comando da seção que ele atuou em casos de repercussão nacional, como a da quadrilha presa traficando drogas para os Estados Unidos dentro de transformadores, em 1990, e o mandado de prisão do traficante Fernandinho Beira-Mar.
Betti ganhou ainda mais notoriedade após julgar o caso dos irmãos Antero e Norberto Mânica, acusados de serem os mandantes da chacina de um motorista e fiscais do Ministério do Trabalho, em Unaí, em 2004.
Já a desembargadora Ângela Maria Catão Alves, também natural de Belo Horizonte, passou a integrar o TRF-1 em 2009 pelo critério de antiguidade e agora vai ser responsável pela corregedoria da Corte. Procuradora da República entre 1982 a1984, começou a carreira de juíza federal há cerca de 35 anos.
Especialista em legislação e direito empresarial, a magistrada atuou como membro suplente e membro titular do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em diferentes períodos entre 1992 e 1999.